quinta-feira, dezembro 23, 2010

Homem-Panetone

23 de dezembro e, definitivamente, nunca comi tanto panetone na minha vida. Tá foda. E ainda vem muito mais por aí. Tá uma verdadeira overdose, e estou prestes a me internar nos panetólatras anônimos.
Claro, todo ano, nessa época, eu traço um panetone ou outro. Mas este ano está demais. No meu trabalho, todo dia, aparece um panetone. Ontem mesmo apareceu o rei dos panetones: um monstro de quatro quilos que a secretária ganhou de presente por seu aniversário. Ela me ofereceu um "pedacinho" e eu tive que aceitar. É, mas o "pedacinho" que ela cortou, como bem observou um colega, mais pareceia um pedaço de melancia.
Minha querida sogra também está nos bombardeando com panetones de todas as marcas e tamanhos. Ganhamos até uns panetinhos, uns filhotinhos de panetone, que são um perigo, porque você acaba com aquele negócio em três mordidas e fica com vontade de comer mais. Por que esse negócio é tão bom?
Mas a minha danação deste ano foi por culpa da Vivi (desculpa, amor, mas eu vou ter que contar). Vivi ganhou aquela famigerada máquina de pão e, toda lampeira, veio me dizer: "tem até receita de panetone". E não é que ela fez um panetone de um quilo? E não é que ficou uma delícia? E não é que eu mandei pra dentro o troço inteiro?
Estou no caminho certo pra me tornar o Papai Noel oficial dos meus queridos sobrinhos. Já deixei a barba crescer, agora estou trabalhando na barriga.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Minhas expressões favoritas:

1 - Nem que a vaca tussa;
2 - Dar uma de joão-sem-braço (John Armless, como diriam os britânicos);
3 - Mais feliz que pinto no lixo (não entendo, mas gosto);
4 - [esse cara] enrosca mais que arame na enxurrada;
5 - [esse cara] fala mais que puta na chuva;
6 - chato de galocha;
7 - papudinho (gíria utilizada no Ceará para quem é chegado numa birita; a Vivi, que tem uma colega que é de Fortaleza, me repassou essa);
8 - Cercar o frango (falando em bêbado...)
9 - dar um bode (gíria que significa "cochilar", todos sabem, mas a Vivi insiste em dizer que eu inventei essa);
10 - eita mundão velho sem porteira, sô.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Contratação de Peso

Aí está você novamente, segunda-feira. E, novamente, eu fui à academia fazer uma ginastiquinha para compensar mais uma bateria de estragos alimentares. E, novamente, no vestiário, lá estava o gordinho, pelado e com a fita do polar. Mas hoje o cara exagerou. Não tirou o polar nem pra fazer a barba.
Tudo igual. Novamente, a Vivi voou para Brasília. E eu cá fiquei, triste e com sono. Deixei a Vivi no aeroporto de Congonhas antes das seis da manhã. Impressionante, a Vivi consegue fazer comentários espirituosos a essa hora. Eu não achei engraçado, porque, a essa hora, meu senso de humor está longe de acordar. Desculpa, Vivi: meu senso de humor está acordando agora, às 8h58, e manda dizer que seus comentários foram ótimos, apesar de eu não me lembrar direito deles.
Enfim, a vida segue. E já que estamos no país do fisiologismo, resolvi acatar um pedido muito especial da Vivi e empregar aqui no blógui um novo funcionário, que substituirá Esfeluntis durante seu ano sabático. Esfeluntis ganhou uma bolsa para estudar técnicas de liofilização de frutas na Universidade de Bora-bora.
Confesso que não gostei dos candidatos que entrevistei para a vaga de Esfeluntis. Primeiro veio José Serra, dizendo que "o blógui pode mais". Ele dizia o tempo todo que era bom em melhorar as coisas boas e consertar as coisas ruins. E que, com ele, não haveria perigo de o Zé Dirceu, que estava na sala de espera, voltar. Ao ouvir isso, Zé Dirceu foi embora chorando, mas Serra também não me convenceu. Eu disse a ele que aquele lugar era pequeno demais para dois carecas, no que ele sugeriu vestir uma peruca acaju. Não achei boa a ideia. E, finalmente, o dispensei sob a argumentação irrefutável que eu não podia admitir um conselheiro do Palmeiras aqui dentro. De palmeireinse basta o meu colaborador internacional Thiago Iacocca.
No fim ainda chegou o Lula, dizendo que estava prestes a largar o atual emprego e que ele seria capaz de levantar o índice de aprovação do meu blógui para a casa dos 80%. Foi o suficiente para dispensá-lo, porque o índice de aprovação do meu blógui, atualmente, é de 100%, já que meus únicos leitores são minha mulher e minha mãe, duas pessoas obrigadas a gostar do que eu escrevo (as duas ouviram bem?).
Vivi, então, sugeriu que eo contratasse Alegrinho, o nosso alecrim de estimação, que vive alegremente no box do nosso banheiro. Está contratado, Alegrinho. Comece sugerindo umas pautas aí enquanto eu penso na morte da bezerra.