Homem-Panetone
23 de dezembro e, definitivamente, nunca comi tanto panetone na minha vida. Tá foda. E ainda vem muito mais por aí. Tá uma verdadeira overdose, e estou prestes a me internar nos panetólatras anônimos.
Claro, todo ano, nessa época, eu traço um panetone ou outro. Mas este ano está demais. No meu trabalho, todo dia, aparece um panetone. Ontem mesmo apareceu o rei dos panetones: um monstro de quatro quilos que a secretária ganhou de presente por seu aniversário. Ela me ofereceu um "pedacinho" e eu tive que aceitar. É, mas o "pedacinho" que ela cortou, como bem observou um colega, mais pareceia um pedaço de melancia.
Minha querida sogra também está nos bombardeando com panetones de todas as marcas e tamanhos. Ganhamos até uns panetinhos, uns filhotinhos de panetone, que são um perigo, porque você acaba com aquele negócio em três mordidas e fica com vontade de comer mais. Por que esse negócio é tão bom?
Mas a minha danação deste ano foi por culpa da Vivi (desculpa, amor, mas eu vou ter que contar). Vivi ganhou aquela famigerada máquina de pão e, toda lampeira, veio me dizer: "tem até receita de panetone". E não é que ela fez um panetone de um quilo? E não é que ficou uma delícia? E não é que eu mandei pra dentro o troço inteiro?
Estou no caminho certo pra me tornar o Papai Noel oficial dos meus queridos sobrinhos. Já deixei a barba crescer, agora estou trabalhando na barriga.