Depois

Preciso dar um jeito. Preciso dar um jeito, repito mentalmente. Repito várias vezes, até perceber que não sei mais o que preciso ajeitar. Muitas coisas estão desajeitadas, dentre as quais, poucas eu poderia ajeitar. Eu poderia até, quem sabe, ajeitar muitas coisas, ou tentar, mas tenho muita preguiça. E as coisas vão indo, do jeito que vão. É, mas eu preciso dar um jeito. Dar um jeito.

Regresso

Dez dias em Veneza e Roma com a minha baixinha. Isso depois da nossa maravilhosa festa de casamento, em que tudo foi ainda melhor do que eu esperava. Agora, o regresso. Não está fácil retomar o ritmo, porque eu ainda estou em lua-de-mel, eu ainda sonho com os nossos passeios pela Itália, nossas pausas para as refeições e para o vinho e a cerveja. Eu sonho com aqueles dias em que, na falta de samba, fazíamos amor e amor até mais tarde. E tínhamos muito, muito sono de manhã. Por isso, acordávamos tarde, tomávamos café sem pressa e ainda arranjávamos tempo para conhecer monumentos, palácios, igrejas, obras de arte e tirar fotos feito dois loucos. Acho que na Itália o dia tem mais que 24 horas. Porque fizemos muitas coisas. Por outro lado, passou tudo tão depressa. E, no regresso, o tempo não passa. Meu consolo é que o melhor desse sonho é uma realidade morena de 1,60m e olhos grandes e vivos que resolveu se casar comigo.