Guerra Santa
Faltam exatos cinco dias para mais um aniversário macabro da destruição das torres gêmeas. Os jornalistas, grandes abutres, adoram isso, e, adivinhem, tecnicamente, eu também sou jornalista. Tenho diploma, MTb e tudo. Para quem quiser conferir, meu número é: 48.189/SP. Tecnicamente, portanto, tenho direito de comer carniça.
Mas eu gostaria de falar sobre uma teoria do Esfeluntis. Ele costuma dizer, depois de um ou dois copos de vodca, que ninguém acha o Bin Laden porque ele está escondido em um quartinho, lá nos fundos da Casa Branca. Tudo, segundo ele, não passa de um teatrinho, já que Bush, o filho, finge caçar o barbudo por toda parte enquanto, na verdade, deve tudo a ele.
Não fosse o atentado cometido pela gangue do Bin Laden, Bush, o filho, estaria em maus lençóis. Ele andava desprestigiado, seu governo era considerado um enorme fiasco, a economia norte-americana andava em recessão e todos davam como certa sua derrota em uma nova eleição (fraudar duas eleições seguidas seria muito complicado). Seus amigos fabricantes de armas também andavam acabrunhados, e o Congresso Nacional norte-americano, liderado pelos Democratas, recusava-se a liberar aquelas gordas verbas para a compra de mais instrumentos de guerra.
Eis que surge o atentado de 11 de setembro, o melhor álibi que o presidente norte-americano poderia querer para aplicar sua política externa de polícia do mundo. Seus amigos da indústria bélica ficaram eufóricos, e só era necessário um discurso bastante emocionado clamando a população por uma vingança bem cristã. A Guerra Santa estava armada.
Pois é, Esfeluntis acha que foi tudo combinado entre o barbudo e o bêbado. E logo depois da catástrofe, ninguém desconfiou de um sujeito de quase dois metros de altura, vestido de faxineiro, entrar na Casa Branca. É o faxineiro mais bem pago do mundo, e não trabalha porra nenhuma. Só fica no bem-bom e, às vezes, faz umas ameaças via satélite.
Bom, essa é a teoria de Esfeluntis. Se este blógui sair do ar, provavelmente foram os homens lá de cima, porque eles se dizem paladinos da democracia, mas sabe como é. (existe algum estadunidense que fale português, fora o meu amigo Eric?)