A Volta
Depois do drama digno de ópera que foi a nossa ida a São Paulo, falemos d'A volta. Não, não falemos dessa merda. Falemos, apenas, que o atraso foi de quatro horas, que passamos o absurdo de sermos retirados de dentro do ônibus que nos levaria ao avião porque "houve um pequeno problema técnico na aeronave".
Falemos, também, que ao chegarmos em Brasília, encontramos alguns passageiros de um vôo anterior, indignados pelo sumiço de suas malas, sem que ninguém desse qualquer explicação. Depois de uma hora que eles estavam à beira da esteira, e da histeria, chegou uma funcionária da BRA contando a maior cascata. Disse a coitada, que certamente foi orientada por seu superior a mentir, que a Polícia Federal havia pego as malas desses infelizes para que elas passassem por uma super-máquina detectora de drogas. Que azar teve um casal. Por acaso, tiveram todas as suas bagagens escolhidas para essa operação misteriosa. Um sujeito, completamente indignado, disse que queria um documento por escrito, assinado pelo responsável da Polícia Federal, alegando a veracidade do fato. Deve estar à espera desse documento até hoje lá no Terminal 2, o coitado.
Essa misteriosa operação da Polícia Federal acabou nos atingindo, uma vez que, para manter essa farsa, acabaram atrasando a chegada das malas do nosso vôo. Mas nós SÓ tivemos que esperar meia-hora. Agora, só digo que eu prefiro fazer o itinerário Brasília-São Paulo de carro a ter que viajar pela BRA ou pela Ocean Air.
E vou fazê-lo. No final da semana, terei que ir a São Paulo a trabalho. E minha volta a Brasília será de carro. Ô beleza! Enfim, pelo menos não será pelas supracitadas companhias aéreas. Pelo menos.
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