quarta-feira, agosto 15, 2007

Trilha Sonora

Sim, eu sobrevivi à viagem solitária de carro, de São Paulo a Brasília, cercado por meia tonelada de quinquilharias. Foi como dar carona à Fat Family por mil quilômetros. Para a minha sorte, a bagagem não canta, e isso foi bom. Estou em uma lan house, dentro do Dakota Shopping, aqui no sudoeste, o bairro onde estou morando com a Vivi, que fica na bunda do avião. Acho que, a partir de sexta, teremos Internet em casa, aí eu escrevo com mais calma.
Agora, falarei rapidamente da trilha sonora que me acompanhou até aqui. A coisa foi meio improvisada, porque, com a santa ajuda do Felipe e do Mike, eu lotei o carro de coisas a ponto de ficar impossível abrir o porta-luvas. Ficou impossível, então, pegar qualquer um dos ótimos CDs da Vivi. O jeito foi fazer um catado às pressas em casa. Eu peguei um bolo de CDs meio sem ver o que eu estava selecionando, apenas com o cuidado de não pegar um daqueles rocks nacionais porcarias de que eu gostava na adolescência. Até que dei sorte.
Comecei a viagem, antes das cinco da manhã de segunda úrtima, ouvindo o maravilhoso CD "Clássicos do Samba", uma homenagem ao Império Serrano, Portela, Unidos de Vila Isabel e Mangueira, que, para a minha sorte, estava dentro do aparelho do carro. Depois eu ouvi o "Sinal Aberto", aquele show do Toquinho e do Paulinho da Viola que... sei lá onde cazzo eu estava que não fui assistir. Ouvi, ainda, Chico Buarque - As cidades, e entrei em Minas ouvindo Renato Teixeira. "Amanheceu, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar". Nada mais adequado. A lista seguiu com Racionais MC's, "Sobrevivendo no Inferno" e Dire Straits, Money For Nothing. Nos meus tempos de só ouvir rock eu escutava esse CD até sair fumaça. Completei a maratona com uma oversose de Pink Floyd. Me perdi pela primeira vez em Brasília ao som do tilintar de moedas e da caixa registradora de "Money, It's a crime...". Nada mais adequado também, alguém poderia dizer.
Tenho que sair, porque já vai dar uma hora que eu estou na lan house e eu quero economizar três reais. Em casa, com calma, eu prometo me empenhar para contar a minha aventura "on the road" com muito mais emoção e empenho. Também tenho que falar da primeira roubada que eu e a Vivi tivemos que enfrentar aqui em Brasília: um jantar com dinossauros do Largo de São Francisco em homenagem aos 180 da instalação de cursos jurídicos no Brasil. Foi um poooooorre, pagamos caro pra comer um strogonoff meia-boca, tivemos que agüentar discursos inflamados (fora o pausado e monocórdio do senador Marco Maciel, que continua a cara do senhor Burns), mas o que não faz a saudade de casa? Depois eu conto com detalhes.
E o que eu achei de Brasília? Quais foram as minhas primeiras impressões? Como é o nosso flat de 30m²? E o bairro? E as pessoas? E? E, aguardem os próximos capítulos da emocionante novela: "Escrevinhadeiro no DF". Oferecimento: Cerveja Fass - todo mundo fass.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Aguardo ansiosamente.
Beijo paulistano,
Miriam

7:24 PM  

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