Novo Trajeto
São Paulo, 3 de junho de 2007. Domingo. Ótima manhã para praticar esportes. Por isso, sem sair da minha cama, liguei a televisão para assistir à maratona. Só fiquei puto com uma coisa: a Globo interrompeu algumas vezes a transmissão com intervalos comerciais. Mas tudo bem. O que podemos esperar da mídia senão esse tipo de baixaria? O que podemos esperar de um país onde os políticos defendem o monopólio de emissoras que não dão nenhuma contrapartida à sociedade? Se alguém falar de Criança Esperança ou Amigos da Escola eu mando à merda. Todos se pelam com a Rede Globo. Todos morrem de medo do estrago que a turma do fantasma Marinho pode fazer em suas imagens imaculadas. Vão todos à...
Depois dessa reclamação muda, voltemos à maratona, que estava um tanto desfalcada de corredores brasileiros de ponta devido à proximidade do Pan. Diga-se de passagem, com passadas de queniano, que, mesmo quando estamos com o que há de melhor, os quenianos sempre chegam brigando. E deu mesmo Quênia no masculino e no feminino. Deu a lógica, como os idiotas da objetividade gostam de dizer. Destaque da prova: pra quem não viu, o feminino teve um pega interessante entre a queniana Jacqueline e a brasileira Marizete que só se resolveu no fim. A queniana tentou escapar umas três vezes e a Marizete, teimosa que só ela, foi lá e buscou. Na quarta vez (ou por aí) não teve jeito. Jacqueline disse chega e se mandou.
Modéstia à parte, meus senhores e minha senhoura, eu também fui um grande desfalque da Maratona Internacional de São Paulo deste ano, porque no ano passado eu estava lá. Estava lá como um dos tantos bicões que pulam a cerquinha protetora, entram no bolo e participam sem ter efetuado o pagamento da inscrição. Não pensem que eu sou muquirana. O fato é que eu não ia correr até o fim. Apenas, utilizaria a maratona como treino longo, de 32 km, para a Maratona do Rio, da qual eu participaria (e quebraria, mas essa é outra história) um mês depois.
Aqui, faço mais um apelo mudo para ouvidos moucos: mudem o trajeto dessa maratona de São Paulo! Porra, sair do Ibirapuera, pegar os três túneis do Malufão (foi Maluf que fez os três?), dar um rolê dentro do Jockey, pegar a ponte nova da Eusébio Matoso, ir até quase o Parque Vila-Lobos, voltar, entrar na Cidade Universitária lá pelo quilômetro 18 ou 19 (ufa)... Até aí tudo bem. Até aí tudo bem. Mas ficar dentro da USP aquele tempo todo pra depois voltar pelos mesmos túneis até o Ibirapuera é no mínimo falta de criatividade.
Estou pensando em oferecer um trajeto novo para a Maratona de São Paulo. Por isso, estimulei uma Brain Storm com meus camaradas fantasmas e com o Esfeluntis. A primeira idéia que surgiu foi essa pérola: pegar a Estrada do M'Boi Mirim de ponta a ponta. Isso é que é preguiça mental. Depois eu pensei que os atletas podiam largar da Praça do Patriarca e rodar feito doidos pelas ruelas do Centrão, mas alguém lembrou que isso seria meio inviável devido ao número elevado de participantes. Não abri mais a boca. Quase três voltas de São Silvestre, que tem 15 quilômetros? Isso sim é falta de criatividade.
Cáspita, uma cidade do tamanho de São Paulo tem que oferecer trajetos mais interessantes que o atual, pensei, sem abrir a boca. Depois de muito pensar, decidi deixar do jeito que está. Enquanto as coisas ficam como estão, aqui vai uma lista de provas legais pra fazer: Meia-maratona do Rio (muito bacana, a melhor prova que eu já fiz); Volta da Pampulha (quero fazer este ano, são dezoitinho); Gonzaguinha, na Zona Norte (prévia da São Silvestre, são os mesmos 15km, mas planos); e a própria São Silvestre, que eu quero correr este ano. Desde já, estou angariando companheiros. Lino? Meu cunhado está tomando coragem. Se alguém tiver alguma sugestão para um novo trajeto para a maratona de São Paulo, por favor, guarde para si (ou procure o Esfeluntis, o que vem a dar no mesmo).
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