Maldição ou Labirintite
Sexta-feira última (vulgo ontem), Vivi e eu fomos à Sala São Paulo, assistir a uma apresentação da Osesp (assim grafada por culpa do Manual da Redação da Folha), sob a regência de um japonês lépido, baixinho e cabeçudo, cujo nome eu não faço idéia, e com a participação de um pianista chinês, um tremendo virtuose que, se eu entendi bem, é fã de American Jazz. O nome dele? Sabe-se lá Deus. Aqui, vale a teoria do regente Júlio Brito, que diz que a música é boa se faz bem aos ouvidos. Eu, portanto, leigo absoluto, incapaz de diferenciar Mozart de Beethoven, música barroca de impressionista, ou um violino de segunda de uma viola ordinária, fico à vontade para dizer que não gostei muito do espetáculo.
A parte com o pianista chinês foi muito boa, mas a segunda parte, confesso que achei pouco agradável aos ouvidos. Não achei terrível, nem chatíssimo. Apenas, não gostei muito. Fiquei mais impressionado com a desenvoltura do regente japonês, que dava saltinhos, agachava e fazia tantas outras acrobacias corporais diante dos músicos. Eu diria que o japonesinho lépido parecia um pequeno gafanhoto.
Agora, eu quero saber se o Serra já apontou o fuzil em direção ao Neschling ou se anda mais preocupado em continuar metendo a colher na autonomia das universidades.
Para não sobrar confusões sobre a apresentação da Osesp na sexta, quero apenas salientar que fiquei meio confuso diante do concerto. Confuso, também, eu sempre fico quando vou à Sala São Paulo, devido à labirintite crônica que sempre me ataca quando estou ao volante. Sim, meus caros, a Vivi e eu já fomos várias vezes à Sala São Paulo e, devo dizer, cada vez nós chegamos por um caminho diferente (eu sei que é só ir até o fim da Duque de Caxias, mas alguma coisa acontece no meu coração e...); e, toda vez que nós vamos embora, eu acabo me perdendo pelo Bom Retiro - é inevitável. É mais forte do que eu. De repente, quando menos se espera, lá estou eu na José Paulino. Depois de rodar em falso por um tempo e quase trombar em uma parede, eu acabo, sem querer, caindo na Marginal e, finalmente, a Tiradentes (grande mártir).
OK, eu prometo que estudarei o guia de ruas e esse fenômeno não mais acontecerá. Eu acho, porque talvez eu esteja acometido pela maldição do Bom Retiro. Depois eu conto sobre essa maldição, que me foi passada em off por uma senhoura que conversou com uns fantasmas condenados a lá permanecerem para todo o sempre. Já pensou? Para sempre na José Paulino? É de assustar.
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