Tradição
Meu grande amigo Guilherme, já levemente alcoolizado, deixou um recado na caixa-postal da Vivi no último domingo que merece comentários. Estou escrevendo sobre isso hoje porque só escutei a mensagem ontem à noite.
Eu sei que o Gui não lerá estas minhas parcas palavras, porque ele é menos afeito a outlúkis, orcútis e blóguis do que eu. Acredito até que ele nem sabe o que é um blógui, assim como eu também não sabia até uns três meses atrás. Pra dizer a verdade, eu acho isso ótimo. O Gui está mais preocupado com livros e adora ficar horas dentro de uma biblioteca de verdade, daquelas em que você se perde pelo meio das estantes abarrotadas e se emociona ao sentir nas próprias mãos o códice desejado. Ele não se dá muito bem com coisas virtuais.
Aos fatos: o Gui, que mudou de mala e cuia com a Carol para o Rio de Janeiro, estava puto da vida porque, tanto o meu telefone quanto o da Vivi estavam desligados no domingo, dia em que o São Paulo conquistou o título brasileiro. Diga-se de passagem que o Gui vem de uma linhagem raríssima de são-paulinos fanáticos. Até dizem as más línguas que ele seria o verdadeiro herdeiro do trono imperial caso o Brasil retornasse ao sistema monárquico. Mas ele que se entenda com os Orleans e Bragança.
Na maior bronca, o Gui dizia no recado que, toda vez que o São Paulo ganhava um título, ele me ligava, e que não era justo eu não atendê-lo naquele momento. Ele também dizia que uma vez, chegou a me ligar lá da Alemanha pra me dar saudações tricolores, o que é uma inverdade. O Gui me ligou da Alemanha sim, mas foi no Natal. Ele estava completamente bêbado em Frankfurt, às cinco da manhã, e resolveu me desejar boas festas, o que me deixou extremamente emocionado. É nesses atos insanos que a gente diz, inevitavelmente: puta merda, esse cara é meu amigo mesmo.
Mas é verdade, virou tradição: basta o São Paulo ganhar um título que o Gui, antes mesmo de gritar: é campeão!, entra em contato aqui com o seu amigo corintiano para enaltecer mais um ato heróico da turma do Morumbi, Moruntri, Moruntetra, ou Moruncazzo. Apesar de sentir um enorme desprezo pelo São Paulo, porque a minha rivalidade sempre será com o Palmeiras, por mais que estejamos juntos na quinta divisão do campeonato metropolitano, eu também me sinto honrado por ser sempre lembrado por meu amigo nessas horas de alegria (dele, é claro).
Já que meu camarada não vai ler este texto, eu telefonarei para ele hoje à noite e direi: Parabéns pelo título, Gui. E comemore sem moderação. Espero te visitar em breve, para que possamos dar umas voltas pela Lapa e entrar em várias livrarias e sebos.
PS: A quem interessar possa, rola uma feira de livros na USP, no prédio da Fefeléchi, até amanhã à noite (não me lebro que horas), tudo com desconto de no mínimo 50%. Eu e a Vivi passaremos por lá hoje. É esquema liquidação, então eu sugiro que as pessoas não deixem pra última hora.
Eu sei que o Gui não lerá estas minhas parcas palavras, porque ele é menos afeito a outlúkis, orcútis e blóguis do que eu. Acredito até que ele nem sabe o que é um blógui, assim como eu também não sabia até uns três meses atrás. Pra dizer a verdade, eu acho isso ótimo. O Gui está mais preocupado com livros e adora ficar horas dentro de uma biblioteca de verdade, daquelas em que você se perde pelo meio das estantes abarrotadas e se emociona ao sentir nas próprias mãos o códice desejado. Ele não se dá muito bem com coisas virtuais.
Aos fatos: o Gui, que mudou de mala e cuia com a Carol para o Rio de Janeiro, estava puto da vida porque, tanto o meu telefone quanto o da Vivi estavam desligados no domingo, dia em que o São Paulo conquistou o título brasileiro. Diga-se de passagem que o Gui vem de uma linhagem raríssima de são-paulinos fanáticos. Até dizem as más línguas que ele seria o verdadeiro herdeiro do trono imperial caso o Brasil retornasse ao sistema monárquico. Mas ele que se entenda com os Orleans e Bragança.
Na maior bronca, o Gui dizia no recado que, toda vez que o São Paulo ganhava um título, ele me ligava, e que não era justo eu não atendê-lo naquele momento. Ele também dizia que uma vez, chegou a me ligar lá da Alemanha pra me dar saudações tricolores, o que é uma inverdade. O Gui me ligou da Alemanha sim, mas foi no Natal. Ele estava completamente bêbado em Frankfurt, às cinco da manhã, e resolveu me desejar boas festas, o que me deixou extremamente emocionado. É nesses atos insanos que a gente diz, inevitavelmente: puta merda, esse cara é meu amigo mesmo.
Mas é verdade, virou tradição: basta o São Paulo ganhar um título que o Gui, antes mesmo de gritar: é campeão!, entra em contato aqui com o seu amigo corintiano para enaltecer mais um ato heróico da turma do Morumbi, Moruntri, Moruntetra, ou Moruncazzo. Apesar de sentir um enorme desprezo pelo São Paulo, porque a minha rivalidade sempre será com o Palmeiras, por mais que estejamos juntos na quinta divisão do campeonato metropolitano, eu também me sinto honrado por ser sempre lembrado por meu amigo nessas horas de alegria (dele, é claro).
Já que meu camarada não vai ler este texto, eu telefonarei para ele hoje à noite e direi: Parabéns pelo título, Gui. E comemore sem moderação. Espero te visitar em breve, para que possamos dar umas voltas pela Lapa e entrar em várias livrarias e sebos.
PS: A quem interessar possa, rola uma feira de livros na USP, no prédio da Fefeléchi, até amanhã à noite (não me lebro que horas), tudo com desconto de no mínimo 50%. Eu e a Vivi passaremos por lá hoje. É esquema liquidação, então eu sugiro que as pessoas não deixem pra última hora.
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