Sagrada Missão
Graças ao irmão da Vivi, meu computador renasceu das cinzas. Fiz várias cagadas, como ter gastado 60 paus num anti-vírus que eu comprei por impulso (jamais comprem um tal de WinPro, nem com um revólver apontado na cabeça); e mais 60 paus pra um sujeito "limpar" meu computador (quando alguém disser que não precisa formatar, não acredite).
Depois disso (ah, também gastei 370 real com um monitor novo, porque o meu simplesmente apagou, mas o bicho é lindão), resolvi aporrinhar a vida do meu cunhado que manja de computador, e levei meu gabinete pra casa dele. Além de ter resolvido tudo, o Demétrio ainda conseguiu recuperar meus arquivos, que já haviam sido fodidos pelo vírus, através de um programa que ele achou na Internet. Agora eu preciso esperar ele sair do regime e pagar um belo jantar em qualquer restaurante que ele quiser (é o mínimo, né?).
E agora estou aqui, de volta, mais velho e mais chato. E muito feliz por ter ganhado uma tonelada de livros novos. Só com o vale que o Aldo me deu pra gastar no sebo do Evandro, eu adquiri uns oito ou nove livros novos. Fiz a festa. Também ganhei ótimos livros, destaque pra pérola que a Carol me deu: A vida literária no Brasil 1900, do Brito Broca e pro livro do Aldir Blanc, que o Ti Vedovello me deu. Maravilhas. Vai ser difícil manter a produtividade aqui com tanta coisa boa que eu tenho pra ler.
Como nem tudo são flores, meu grandessíssimo amigo Guilherme resolveu me "presentear" com uma obra um tanto peculiar, assinada pelo FHC e intitulada: Cartas a um jovem político. O pior não é esse título nefasto, que faz referência a um ótimo escritor que não merecia isso de jeito nenhum; nem o sorriso cínico que o Fernando Henrique sustenta na capa. O que me deixou pasmo mesmo foi o subtítulo: Para construir um país melhor. É ou não é o cúmulo da cara-de-pau?
Enfim, antes que alguém queira matar o Guilherme por ter presenteado alguém com essa piada de mau gosto, eu explico a verdadeira intenção dele (que continua sendo meu grandessíssimo amigo, mesmo depois dessa): o Gui trabalha, pra quem não sabe, na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. E faz parte desse mundo obscuro do academicismo, no qual ele está enfiado até o pescoço, receber alguns "presentes". Eis que ele ganhou o tal "livro" (que eu aposto meu reino que não teve sequer uma linha escrita em próprio punho pelo príncipe da Sorbonne), por dever de ofício. E eis que ele resolveu deixá-lo em lugar seguro, pra que ninguém tenha a idéia de abri-lo.
Sim, meus caros. Eu tenho uma missão sagrada: não deixar que ninguém abra esse exemplar que eu tenho em mãos por no mínimo dez anos. Depois eu passo o legado a outro nobre guerreiro que terá que prosseguir com essa missão. Fica aqui anunciado: quando eu fizer 40 anos, um de vocês receberá de presente essa comédia dantesca. Preparem-se. E rezem pra não serem escolhidos, porque, pior que a enorme responsabilidade de coibir a poluição intelectual, é ter debaixo do próprio teto uma foto do Fernando Henrique. Tá foda, viu? Tá foda mesmo.
EM TEMPO: O Thiago Iacocca publicou meu conto O mundo ao alcance das mãos no site Sem Ponto Final. Quem estiver interessado, dê uma olhada por lá. Aproveitem e leiam tudo. Vale a pena.
Depois disso (ah, também gastei 370 real com um monitor novo, porque o meu simplesmente apagou, mas o bicho é lindão), resolvi aporrinhar a vida do meu cunhado que manja de computador, e levei meu gabinete pra casa dele. Além de ter resolvido tudo, o Demétrio ainda conseguiu recuperar meus arquivos, que já haviam sido fodidos pelo vírus, através de um programa que ele achou na Internet. Agora eu preciso esperar ele sair do regime e pagar um belo jantar em qualquer restaurante que ele quiser (é o mínimo, né?).
E agora estou aqui, de volta, mais velho e mais chato. E muito feliz por ter ganhado uma tonelada de livros novos. Só com o vale que o Aldo me deu pra gastar no sebo do Evandro, eu adquiri uns oito ou nove livros novos. Fiz a festa. Também ganhei ótimos livros, destaque pra pérola que a Carol me deu: A vida literária no Brasil 1900, do Brito Broca e pro livro do Aldir Blanc, que o Ti Vedovello me deu. Maravilhas. Vai ser difícil manter a produtividade aqui com tanta coisa boa que eu tenho pra ler.
Como nem tudo são flores, meu grandessíssimo amigo Guilherme resolveu me "presentear" com uma obra um tanto peculiar, assinada pelo FHC e intitulada: Cartas a um jovem político. O pior não é esse título nefasto, que faz referência a um ótimo escritor que não merecia isso de jeito nenhum; nem o sorriso cínico que o Fernando Henrique sustenta na capa. O que me deixou pasmo mesmo foi o subtítulo: Para construir um país melhor. É ou não é o cúmulo da cara-de-pau?
Enfim, antes que alguém queira matar o Guilherme por ter presenteado alguém com essa piada de mau gosto, eu explico a verdadeira intenção dele (que continua sendo meu grandessíssimo amigo, mesmo depois dessa): o Gui trabalha, pra quem não sabe, na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. E faz parte desse mundo obscuro do academicismo, no qual ele está enfiado até o pescoço, receber alguns "presentes". Eis que ele ganhou o tal "livro" (que eu aposto meu reino que não teve sequer uma linha escrita em próprio punho pelo príncipe da Sorbonne), por dever de ofício. E eis que ele resolveu deixá-lo em lugar seguro, pra que ninguém tenha a idéia de abri-lo.
Sim, meus caros. Eu tenho uma missão sagrada: não deixar que ninguém abra esse exemplar que eu tenho em mãos por no mínimo dez anos. Depois eu passo o legado a outro nobre guerreiro que terá que prosseguir com essa missão. Fica aqui anunciado: quando eu fizer 40 anos, um de vocês receberá de presente essa comédia dantesca. Preparem-se. E rezem pra não serem escolhidos, porque, pior que a enorme responsabilidade de coibir a poluição intelectual, é ter debaixo do próprio teto uma foto do Fernando Henrique. Tá foda, viu? Tá foda mesmo.
EM TEMPO: O Thiago Iacocca publicou meu conto O mundo ao alcance das mãos no site Sem Ponto Final. Quem estiver interessado, dê uma olhada por lá. Aproveitem e leiam tudo. Vale a pena.
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