O Feriado do Vagabundo Profissional
Ele acorda às dez da manhã pra dar aquela mijada matinal. E volta pra cama. Ele volta a dormir até meio-dia e começa a ler Moby Dick, até pegar no sono. Acorda de novo lá pelas duas e meia, levanta e toma café. Ele olha lá fora e vê que o dia está nublado, senão ele poderia sair pra fazer alguma coisa. Se estivesse sol, ele diria que era melhor ficar em casa pra se proteger dos raios UVA e UVB, que são perigosíssimos. Ele olha pro computador e pensa em escrever um conto. Mas antes de mais nada, resolve jogar umas partidas de Paciência, a fim de esperar que a inspiração lhe sopre aos ouvidos. Ele não consegue ganhar com aquelas cartas virando de três em três, então muda pra opção de virarem de uma em uma. Aí fica fácil demais e ele ganha a cada três ou quatro partidas. Que cansativo. E o conto? Chequemos os e-mails primeiro. Você não tem nenhuma nova mensagem. Agora o conto? Certo. Ele pensa no começo e nada. Melhor pensar primeiro no fim. Também nada. De repente surge uma idéia para o título: O inexistente. É um título interessante. Mas a inspiração não vem, deve ter viajado pra Paúba. Tudo bem, na volta a gente conversa. De volta à baleia mais famosa da literatura mundial. Ele lê um pouco e logo fica com fome. Não tem porra nenhuma pra comer. Então ele pede um rango no Dega's e come até estourar. Já são quase sete. Que tal uma soneca? Ele cochila, acorda e lê mais. E pega no sono de novo. E acorda às três da matina com uma idéia genial pra história do inexistente (isso são horas de voltar de Paúba?). Ele levanta, escreve até o amanhecer e volta a dormir. Acorda às duas da tarde com a insistência dos raios UVA e UVB em entrar pelas frestas da janela.
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