terça-feira, setembro 05, 2006

A trajetória de um vencedor

Ao observar seu breve currículo, o Fábio, uma das testemunhas dos tempos de vacas magras do executivo Tomaz Gouvêa, cobrou um relato mais detalhado sobre sua brilhante trajetória. Depois de muito insistir, eu consegui derrubar aquele antro de humildade e, para a alegria de muitos, o CEO da Escrevinhadeiro Insone Comunicações me concedeu uma entrevista exclusiva.

É tempo do mundo saber como um rapaz humilde, punheteiro e cheio de espinhas na cara se transformou nesse gigante da comunicação.

Hoje o império de Tomaz Gouvêa consiste num blog que recebe mais de duas visitas diárias, um caderno com centenas de páginas pautadas, duas agendas antigas, um telefone celular pré-pago da Motorola que ainda não explodiu e um sem-número de hectares de folhas de almaço avulsas.

E como ele conseguiu tudo isso? Como aquele garoto que estudava nas cercanias do Largo da Batata, se drogava de espetinho de gato na Fepasa e detonava os tíquetes em cerveja se transformou num empresário de sucesso? O Chico Buarque não quer manchar o currículo do amigo, mas Tomaz Gouvêa confirma que o compositor carioca se inspirou nele quando criou o verso: “quem que te mandou tomar conhaque com o tíquete que te dei pro leite?”.

Conta o CEO da Escrevinhadeiro: “Eu já estava me servindo do terceiro espetinho, que eu engolia com a ajuda de goles numa batida de Jurubeba com Maguary, quando não sei bem o que me aconteceu. Parece que eu vi o espectro do Nelson Ned, e ele me dizia que essa vida não valia a pena. Então eu fui para casa e chorei copiosamente por 40 dias e 40 noites, até cair, exausto, seco e faminto. Quando eu acordei, tudo parecia diferente. O mundo parecia belo, os passarinhos cantavam, a morena do tchan rebolava na televisão e eu tive uma ereção, por assim dizer, pura. Dali em diante, eu fui à luta”.

Dali em diante, Tomaz Gouvêa só pensava em trabalhar e só se masturbava a fim de homenagear mulheres com nomes bíblicos. E foi assim que ele começou a empilhar os primeiros tijolos do que hoje é um império comparável apenas ao de Kublai Khan, que enriqueceu ao inventar o molho tártaro.

Na próxima parte da entrevista, todos saberão como Tomaz Gouvêa superou o golpe de ter sido rejeitado pela Paula Pernas-de-Vareta na sétima série. Não percam.

Bernardo Litost – redator de revistinhas corporativas, canhoto e hipocondríaco

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

TÔ! Meu amigo TÔ!
Estou me sentindo honrado de conhecer a sua trajetória!
Obrigado Litost!
Uma pergunta!
TODOS!
Eu disse TODOS!!! Incluindo Bernardo Litost!
TODOS brincavam de pega varetas?
abraço, butantã

10:28 PM  
Anonymous Anônimo said...

Agora sinto que a verdade começa a aparecer nesse blog.

10:29 AM  
Anonymous Anônimo said...

Quem não brincou de pega-vareta não teve infância.

1:48 PM  
Blogger Tomaz Gouvea said...

Essa pergunta está me lembrando a minha querida Paula. Será que alguém teria uma garrafa de Jurubeba por aí?

1:49 PM  

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