Esporte nacional
O Thiago, que nunca foi fã do futebol de Ronaldinho Gaúcho, me mandou um texto escrito pelo Guilherme Fiúza no site No Mínimo, espinafrando o dentucinho mais bem pago do planeta. Vocês podem imaginar o teor do artigo do sujeito pelo singelo título: "Fora, Ronaldinho Gaúcho!" Sim, o cara ataca com fúria, dizendo que o Ronaldinho não é objetivo, que só faz firula, está mais para malabarista de circo do que para jogador de futebol e que a seleção brasileira estaria bem melhor sem ele. Ainda diz que a comparação que fazem dele com jogadores como Garrincha, Pelé, Maradona e Zico é mais que absurda. Quanto a isso, eu concordo plenamente com o furioso jornalista.
Em geral, eu não concordo com o texto. Achei bem exagerado, mas devo reconhecer que é no exagero que está a graça da coisa, como quando ele escreve que o Ronaldinho Gaúcho "sacode as madeixas como um passarinho hiperativo". Mais engraçadas ainda são as reações das pessoas. Quase 200 leitores comentaram favorável e desfavoravelmente. Até o ponto em que eu tive saco pra ler, a maioria discordava do Fiúza. Entre elogios do tipo: até que enfim alguém teve coragem para falar a verdade, o Ronaldinho parece uma foca adestrada, devia estar no circo etc, os comentários iam na linha de que o Fiúza está exagerando, que ele acordou de mau humor, ou que ele deve ser um ótimo jogador de "pimbolim" (sic).
É engraçado mesmo como as pessoas se lançam furiosas em qualquer discussão. É esse o esporte preferido do brasileiro. Por exemplo, quando o Guga apareceu meio bichado pela primeira vez, iniciou-se uma discussão interminável se o tenista voltaria a jogar como antes ou se ele já era. Até hoje as pessoas querem saber quando o Guga vai se aposentar oficialmente, a ponto do cara perder tempo pra dar uma entrevista coletiva e dizer: nem penso em me aposentar, estou aqui, me tratando com o Filé. E quem quer saber de tênis? Queremos saber de exaltar os vencedores e mandar à merda os que estão por baixo. E queremos, acima de tudo, alimentar polêmicas.
Quem se dá bem com isso é a nossa querida imprensa, que fabrica pseudo-polêmicas em larga escala. Nós, consumidores de merda (nos dois sentidos que essa frase pode ser interpretada), damos corda e, forma-se um ciclo vicioso que só faz aumentar esse monte de besteiras que lemos e ouvimos por aí. E a minha dor de cabeça e insônia só fazem aumentar, na mesma proporção.
Esses malas não tem coisa mais útil com que se ocupar? Permitam-me uma sugestão tão ingênua quanto estúpida: abram um blog e carreguem na merda com vontade.
Em geral, eu não concordo com o texto. Achei bem exagerado, mas devo reconhecer que é no exagero que está a graça da coisa, como quando ele escreve que o Ronaldinho Gaúcho "sacode as madeixas como um passarinho hiperativo". Mais engraçadas ainda são as reações das pessoas. Quase 200 leitores comentaram favorável e desfavoravelmente. Até o ponto em que eu tive saco pra ler, a maioria discordava do Fiúza. Entre elogios do tipo: até que enfim alguém teve coragem para falar a verdade, o Ronaldinho parece uma foca adestrada, devia estar no circo etc, os comentários iam na linha de que o Fiúza está exagerando, que ele acordou de mau humor, ou que ele deve ser um ótimo jogador de "pimbolim" (sic).
É engraçado mesmo como as pessoas se lançam furiosas em qualquer discussão. É esse o esporte preferido do brasileiro. Por exemplo, quando o Guga apareceu meio bichado pela primeira vez, iniciou-se uma discussão interminável se o tenista voltaria a jogar como antes ou se ele já era. Até hoje as pessoas querem saber quando o Guga vai se aposentar oficialmente, a ponto do cara perder tempo pra dar uma entrevista coletiva e dizer: nem penso em me aposentar, estou aqui, me tratando com o Filé. E quem quer saber de tênis? Queremos saber de exaltar os vencedores e mandar à merda os que estão por baixo. E queremos, acima de tudo, alimentar polêmicas.
Quem se dá bem com isso é a nossa querida imprensa, que fabrica pseudo-polêmicas em larga escala. Nós, consumidores de merda (nos dois sentidos que essa frase pode ser interpretada), damos corda e, forma-se um ciclo vicioso que só faz aumentar esse monte de besteiras que lemos e ouvimos por aí. E a minha dor de cabeça e insônia só fazem aumentar, na mesma proporção.
Esses malas não tem coisa mais útil com que se ocupar? Permitam-me uma sugestão tão ingênua quanto estúpida: abram um blog e carreguem na merda com vontade.
2 Comments:
TÔ! Meu amigo TÔ!
Mais uma vez a imprensa dita as regras do imperialismo da hipocrisia com discussões banais.
Porém uma coisa me alivia....
"A valorização do nulo e da tragédia fazem que por alguns instantes a leitura (o que é algo extraordinário e glorioso), reine!"
Obs: Viva a natação!
abraço, Butantã
É isso aí, Butantã. Continue dando as suas braçadas. Quem sabe um dia a gente faz uma outra prova de revezamento como aquela de São Vicente.
Abraço.
Postar um comentário
<< Home