domingo, setembro 03, 2006

Da paixão lancinante ao passatempo laxante

Meu interesse por futebol foi diminuindo ao longo dos tempos.
Mas eu ainda conservo uma prática que teve início na minha adolescência: cagar lendo a página de esporte.

Foi assim que eu acompanhei a cobertura dessa saída do Tévez do Corinthians: entre uma cagada e outra, passando uma vista diagonal nos textos, sem muita concentração.
Pelo que eu pude fixar, a crônica esportiva tendeu para duas teorias, não necessariamente excludentes: que o Tévez não foi profisional ao abandonar o clube e que o Leão tem fobia a argentinos.

A imprensa quer vender, então, alimenta essa pseudo-polêmica: o corintiano deve ter raiva ou saudade do Tévez?

O fato é que eu não agüento mais esse circo que envolve o futebol e, se as coisas continuarem pelo caminho que eu acho que vão continuar, eu não levarei mais as páginas de esporte nem ao banheiro. Porque, ou eu fiquei ranzinza antes da hora, ou as partidas de futebol estão cada vez mais insuportáveis e, a crônica esportiva, cada vez mais, sobrevive de fofoquinhas totalmente desimportantes.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

TÔ! Meu amigo TÔ!
Como um apaixonado pela natação e pelo esporte em geral entro em profunda contradição diante de meus anseios! Como é bom ver o futebol se afogar nas águas desse meu país, sem ao menos tentar se esforçar para aprender a nadar!
Nem que for para morrer na beira da praia, mas pelo menos conseguir fugir dos tubarões da telecomunicação apedeuta!
Abraço, Butantã

10:03 PM  
Blogger Tomaz Gouvea said...

Telecomunicação apedeuta? Adorei, meu caro Butantã. Infelizmente, os meios decomunicação só refletem apedeutismo generalizado em que se transformou a nossa sociedade.
Abraço.

10:38 PM  
Anonymous Anônimo said...

Boi, "apedeuta" ?... Realmente esse casamento está fazendo mal a sua cabeça...

2:21 PM  

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