Escrevinhadeiro
Sou um escrevinhadeiro assumido. Sempre gostei de escrevinhar, mesmo sabendo que ninguém nunca leria, fora um ou outro amigo que eu transformava em cobaia. Assim como esse espaço aqui. Poderia perguntar um suposto leitor: por que escrevo, então? É um vício, eu acho. Alguns gostam de quebrar a cabeça tentando inventar histórias. Eu sou um desses doentes.
Sempre gostei de perder horas e horas rabiscando frases, sem saber aonde aquilo ia dar. Ia dar numa lata de lixo, é claro. É, tanto faz. Algumas pessoas não entendem, e perguntam até quando eu vou ficar nessa masturbação mental, curtindo o gozo do neurótico. Eu digo que é bom não entender.
Nós temos a mania de formar pensamentos dogmáticos e de gostar apenas das idéias as quais concordamos. Olhamos para o mundo com esse maldito olhar dicotômico e repelimos com fúria qualquer coisa que possa colocar em risco os nossos dogmas.
Acreditar é preciso? Puta saco. Eu digo que é preciso buscar coisas que dêem um nó na nossa cabeça, que fuja das dicotomias e ofereça caminhos diferentes dos convencionais. Quando eu digo diferentes, não digo opostos. Opor-se a algo é simplesmente cair numa armadilha dessa lógica dicotômica, porque a pessoa que procura o oposto está, sem perceber, seguindo a regra daquilo que ela quer combater. Sei lá, acho que é mais ou menos isso. O Nietzsche escreveu em algum lugar e eu achei interessante.
Duvidar é preciso? Preciso não é, mas é muito mais interessante do que sair acreditando. Mas eu falo de um duvidar pensante, e não um ceticismo desolado. Por trás das idéias moralistas e dogmáticas, sempre há um interesse inconfessável. Isso não pode porque é ruim, é coisa do capeta, não é tolerável a uma pessoa de bem.
Puta que o pariu. Lá vem a pessoa de bem dizer que eu sou um desqualificado, um louco, um perdido. Lá viria, se alguma pessoa de bem se dignasse a ler o que eu escrevo. Se uma pessoa qualquer se dignasse, fora as cobaias, que lerão por amizade até a décima linha.
Por que, então, escrevo esse monte de merda? Ora, faça o seguinte: procure no dicionário mais perto de você o significado da palavra "escrevinhadeiro". Eu vou tentar dormir um pouco.
Sempre gostei de perder horas e horas rabiscando frases, sem saber aonde aquilo ia dar. Ia dar numa lata de lixo, é claro. É, tanto faz. Algumas pessoas não entendem, e perguntam até quando eu vou ficar nessa masturbação mental, curtindo o gozo do neurótico. Eu digo que é bom não entender.
Nós temos a mania de formar pensamentos dogmáticos e de gostar apenas das idéias as quais concordamos. Olhamos para o mundo com esse maldito olhar dicotômico e repelimos com fúria qualquer coisa que possa colocar em risco os nossos dogmas.
Acreditar é preciso? Puta saco. Eu digo que é preciso buscar coisas que dêem um nó na nossa cabeça, que fuja das dicotomias e ofereça caminhos diferentes dos convencionais. Quando eu digo diferentes, não digo opostos. Opor-se a algo é simplesmente cair numa armadilha dessa lógica dicotômica, porque a pessoa que procura o oposto está, sem perceber, seguindo a regra daquilo que ela quer combater. Sei lá, acho que é mais ou menos isso. O Nietzsche escreveu em algum lugar e eu achei interessante.
Duvidar é preciso? Preciso não é, mas é muito mais interessante do que sair acreditando. Mas eu falo de um duvidar pensante, e não um ceticismo desolado. Por trás das idéias moralistas e dogmáticas, sempre há um interesse inconfessável. Isso não pode porque é ruim, é coisa do capeta, não é tolerável a uma pessoa de bem.
Puta que o pariu. Lá vem a pessoa de bem dizer que eu sou um desqualificado, um louco, um perdido. Lá viria, se alguma pessoa de bem se dignasse a ler o que eu escrevo. Se uma pessoa qualquer se dignasse, fora as cobaias, que lerão por amizade até a décima linha.
Por que, então, escrevo esse monte de merda? Ora, faça o seguinte: procure no dicionário mais perto de você o significado da palavra "escrevinhadeiro". Eu vou tentar dormir um pouco.
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